Jornal do Algarve - 4 Fev 2010

Crianças doentes voltam a sorrir
Campanha de solidariedade “Corrente de Sorrisos” chega aos hospitais e instituições de acolhimento do Algarve.

Existem, infelizmente, crianças que passam longas semanas, meses e até anos entre as quatro paredes de um hospital, privadas de brincar, pular e saltar, privadas de serem crianças. Crianças doentes mas que, como qualquer outra criança, ficam com aquele 'brilhozinho nos olhos' perante um brinquedo, a única coisa que lhes pode devolver alguma alegria. Foi de forma a devolver o sorriso a estas crianças que surgiu a “Corrente de Sorrisos”.

O projecto nasceu pelas mãos de um grupo de mães em homenagem a uma criança que viveu grande parte da sua curta vida num hospital. Mais do que uma homenagem, a iniciativa acabou por se transformar numa verdadeira missão levada a cabo por um grupo de pessoas determinadas e empenhadas em “devolver milhares de sorrisos”.

“Quase todas temos experiências hospitalares com os nossos filhos e sabemos o que é ver uma criança privada de sorrir perante as máquinas e medicamentos, e a rotina do seu internamento.”

Foi por isto que este grupo de mães decidiu unir forças e fazer algo para estas crianças terem um motivo para sorrir. E o que faz uma criança mais feliz do que um brinquedo?!?

“Este é um projecto sem fins lucrativos que tem como principal objectivo a alegria das crianças”, explica Vera Valério, uma das responsáveis pela iniciativa na região algarvia.

O grupo iniciou em Outubro de 2009 uma campanha de recolha de brinquedos em vários locais do país, para entregar posteriormente nos serviços de pediatria dos hospitais. O projecto foi recebido de “braços abertos” e acabou por atingir grandes proporções a nível nacional. Foi criada uma verdadeira “corrente” de solidariedade de norte a sul do país, mobilizando entidades e individuais que fizeram questão de dar o seu contributo à inédita campanha.

O projecto chegou recentemente ao Algarve e “chegou para ficar”, afirma Vera Valério ao Jornal do Algarve. “É um projecto que pretendemos que tenha continuidade, visto os brinquedos terem muito uso e deteriorarem-se rapidamente, e porque, também, muitas crianças os levam consigo para casa”, realça.


(Reportagem completa na edição de papel do Jornal do Algarve, edição de 4 de Fevereiro)

Ana Rosa